Os Velhos Marinheiros, Jorge Amado, Escritor
domingo, outubro 29, 2006
De como o narrador, com certa experiência anterior e agradável, dispõe-se a retirar a verdade do fundo do poço
Meu desejo, meu único desejo, acreditem!, é ser objetivo e sereno. Buscar a verdade em meio à polêmica, desenterrá-la do passado, sem tomar partido, arrancando das versões mais diferentes todos os véus da fantasia capazes de encobrir, mesmo em parte, a nudez da verdade. Se bem eu tenha tido ocasião de constatar em carne própria, ou melhor na carne doirada de Dondoca, nem sempre ser mais sedutora a completa nudez do que aquela que se mostra e se esconde sob um lençol ou um trapo qualquer a ocultar um seio, um pedaço de perna, a curva de uma anca. Mas a verdade, afinal!, não é para deitar com ela numa cama que a buscamos com tanta teimosia e desespero por esse mundo afora.
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